AL/MT
Deputada Janaina Riva : “veto à vacinação de professores traz desconforto desnecessário”
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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) cobrou a derrubada do veto do governador Mauro Mendes (DEM) à obrigatoriedade de vacinação dos professores para o retorno às aulas presenciais nas escolas de Mato Grosso.
A parlamentar lembrou que Mendes aprovou a lei que torna a Educação atividade essencial e, ao vetar a obrigatoriedade da imunização, acaba por criar um “desconforto desnecessário” com a categoria.
“Se sancionou a lei para que a Educação passe a ser considerada uma atividade essencial, por que vetar o trecho que condiciona a vacinação dos professores ao retorno presencial, causando um desconforto desnecessário nos professores da rede estadual de ensino?”, questionou a deputada.
“Precisamos agilizar a votação desse veto para corrigir isso”, emendou ela, durante sessão na manhã desta quarta-feira (19). A sanção do governador ao projeto que torna a Educação um serviço essencial abre caminho para a retomada das aulas presenciais em Mato Grosso.
Desde março do ano passado, as aulas na rede pública estadual têm sido realizadas de forma remota, em razão da pandemia da Covid-19. O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) afirma que há um clima de medo entre a categoria, em razão da possibilidade de retorno às salas de aula.
Uma assembleia dos profissionais está marcada para sexta-feira (21), quando será debatida a possibilidade de uma greve da categoria. O presidente do Sintep, Valdeir Lopes admitiu que a medida seria extrema, mas que o movimento grevista não está descartado. “Como não há ainda perspectiva de vacinação dos trabalhadores da educação, a manutenção dos trabalhos remotos é a melhor opção”, disse o presidente.
“Estamos buscando a conversação junto ao Estado desde dezembro, tentando uma reunião com o secretário [de Educação] Alan Porto, mas, infelizmente, não tivemos êxito para essa conversa direta com a Seduc para chegar a esse meio termo. Claro que a greve é um momento de radicalismo total, mas o governo precisa respeitar os profissionais da educação”, concluiu.
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